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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Quadrilha lucrou R$ 1 milhão com explosões de caixas no NE


A 2ª Superintendência de Polícia Civil de Campina Grande irá atuar de forma conjunta com as secretarias de Segurança dos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Pernambuco para desvendar os crimes praticados pela quadrilha que arrombou o posto de atendimento do Bradesco de Boa Vista. Após a ação, quatro assaltantes foram mortos em uma troca de tiros com policiais e três foram localizados na manhã da última terça-feira. Porém, a polícia acredita que o grupo é formado por 15 assaltantes com ramificações em cinco estados.

Conforme levantamento da Polícia Civil, nos últimos dez meses a quadrilha já conseguiu mais de R$ 1 milhão nas ações contra agências bancárias. Conforme informações do delegado titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio de Campina Grande, Francisco Iasley Almeida, os próprios acusados confessaram a participação em ações criminosas não só na Paraíba, como em estados como Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco e Maranhão.

O delegado acrescentou que o grupo é bastante organizado e conta com comparsas nos outros estados do Nordeste. "Todo epicentro do grupo era em Campina Grande, por isso, temos certeza que existem outras pessoas, aqui na cidade, envolvidas com a gangue. Estamos finalizando estes levantamentos que já estavam sendo realizados há mais de 60 dias e acredito, que já na próxima semana, estaremos com o relatório final pronto para pedir a justiça que emita os mandados de prisão dos demais acusados", disse o delegado.

De acordo com a polícia, na Paraíba, o bando atualmente estava sendo liderado pelo assaltante Manoel Messias de Oliveira, de 37 anos, que é foragido da Penitenciária Regional Raymundo Asfora (Serrotão), em Campina Grande, onde cumpria pena por roubo qualificado, formação de quadrilha, tentativa de homicídio e porte ilegal de armas.

Natural da cidade de Boa Vista, o acusado, que foi recapturado na manhã da última terça-feira é responsável por comandar um verdadeiro 'exército' de criminosos. "Ele tinha vários outros comandados. Apenas neste mês de junho, eles foram responsáveis pelas explosões ocorridas em Lagoa de Roça, Areial e Massaranduba. No sítio Maracajá, na divisa entre Puxinanã e Pocinhos, eles formaram uma espécie de 'quartel do crime' onde se encontravam, planejavam as ações e saíam para cometer os atos", confirmou o delegado regional Wagner Paiva de Gusmão Dorta, que acompanha a operação.

Ainda segundo as autoridades, Manoel Messias de Oliveira é considerado de alta periculosidade. Ele seria o responsável por vários outros crimes na região, como arrombamentos de estabelecimentos comerciais e invasões a residências. Um destes delitos ocorreu em 10 de abril deste ano e teve como vítima o casal de agricultores Célio Ramos Sampaio, de 57 anos e sua esposa Inácia Maria da Cunha, de 52, que além de serem roubados, acabaram sendo brutalmente espancados por um grupo de seis homens. Depois da ação, os investigadores descobriram que a quadrilha era liderada pelo fugitivo do Serrotão que conseguiu escapar de vários cercos policiais.

Acusados investiam em imóveis
As primeiras investigações realizadas pela Polícia Civil já mostram que os acusados estavam investindo o dinheiro em imóveis e carros de luxo. Os bens são colocados em nomes de "laranjas", geralmente familiares dos assaltantes. A estimativa é que eles tenham lucrado cerca de R$ 1 milhão nos últimos dez meses. Os bandidos ainda usavam o dinheiro para adquirir armas, munições e drogas.

"O dinheiro era investido em bens, que na maioria das vezes, eram colocados nos nomes dos familiares dos envolvidos. Acreditamos que estamos muito próximos de desmontar toda a gangue. Alguns desses ladrões, como o próprio 'Gilson Beira-Mar' que é de Campina Grande, continuam presos. O trabalho da polícia é encontrar a raiz do problema", frisou o delegado-geral de Polícia Civil, Severiano Pedro.

Dos quatro bandidos mortos no confronto com a polícia foram identificados ontem pela manhã. Trata-se de Gilson Rocha da Silva, que tinha 40 anos e atualmente residia na cidade de Queimadas; Alex Guilherme Pereira, o "Rato", que residiaem São José da Mata; Wesley da Silva, morador de Boa Vista e Danilo Jorge Gomes, o "Bombado" que morava na capital do estado, João Pessoa.

DB

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